O uso de fantasias sensuais e o tabu

Diversos estudos revelam a importância do sexo para o amadurecimento de uma relação duradoura e saudável.

Entendendo o casamento como uma relação complexa e multifacetada, não há um aspecto que possa ser considerado o determinante do sucesso ou fracasso de uma relação a dois. Entretanto, o sexo está presente em todos os rankings que se propõe a listar aspectos relevantes para o fortalecimento das relações contemporâneas.

Os homens acreditam que uma boa forma de apimentar a relação é com inovações na cama. Alguns deles relatam que o uso de fantasias eróticas é o melhor recurso para melhorar a vida sexual do casal.

Apesar disso, a utilização de fantasias continua sendo um dos maiores tabus no que tange à vida sexual de milhares de casais, de acordo com pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Por que essa resistência com o novo?

O que faz com que, em pleno século XXI, as fantasias sensuais continuem sendo um tabu?

O uso de fantasias sensuais no século XXI

Estamos no século XXI e já obtemos diversas conquistas em relação à períodos passados. Ainda assim, vivemos em uma sociedade – e em um país – patriarcal e fortemente marcado pela história de colonização sofrida há mais de 500 anos, de acordo com estudo publicado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Apesar de todas as amarradas já vencidas, há milhares de mulheres que continuam vendo no sexo um obstáculo a ser ultrapassado.

É cada vez mais importante fortalecermos a noção de que a mulher é dona de seu próprio corpo e de sua própria vida.

O estudo revela que alguns dos maiores temores das mulheres em cenários onde estas fariam propostas de inovar a relação com o parceiro giram em torno da imagem que seus companheiros têm sobre elas.

A pesquisa relatou que mais de 70% das entrevistadas tem vontade de experimentar roupas sexys, fantasias ou brinquedos com seus parceiros. Porém, nunca fizeram a proposta por vergonha ou medo da reação do parceiro.

Do público total entrevistado, apenas 11% das mulheres já fizeram uso de algum dispositivo para apimentar a vida sexual. Desta parcela, mais de 90% relata que a iniciativa de propor a mudança foi feita pelo parceiro.

O mesmo estudo demonstrou que os homens vêem o uso de roupas sexys ou fantasias como uma das melhores formas de dar um up na relação, tanto na cama quanto fora dela. Quase 80% dos entrevistados relataram que se sentiriam felizes no caso de sua parceira propor algo diferente para o momento íntimo.

Tendo em vista o desejo feminino e masculino acerca da inovação nas práticas sexuais e a curiosidade pelo uso de fantasias, o que faz com que este tema continue sendo tabu entre grande parte dos casais brasileiros?

A fantasia sensual

Em outubro de 2017 Sandy revela que, apesar de já ter usado roupa sexy com seu marido, nunca fez uso de fantasia. Na mesma entrevista, a cantora diz está casada há 9 anos.

Estudo realizado em dezembro de 2017 comprovou que o uso de fantasia sensual traz diversos benefícios para a relação, dentre os quais se destaca a promoção de cumplicidade e diálogo entre o casal.

Outra vantagem percebida após o início do hábito de apimentar a relação com uso de vestimentas diferenciadas é o autoconhecimento que a prática proporciona. Mulheres que passaram a utilizar roupas sexys ou fantasias sensuais relatam perceber melhor o que gostam e o que não gostam na cama, além de se sentirem mais confortáveis para dizer não aos parceiros, quando necessário.

Por que não?

Tendo vista a quantidade de benefícios que esta mudança pode trazer, que sentido faz ficarmos cheias de dedos e com vergonha da opinião de nossos parceiros?

Já pensou que ele pode estar pensando a mesma coisa que você nesse exato momento?

Por que não convidar seu parceiro para uma conversa gostosa e franca e fazer a proposta? Caso você já tenha conhecimento acerca do desejo dele, por que não adquirir um modelo que a faça se sentir linda e confortável e fazer uma surpresa pro seu parceiro num sábado à noite ou em uma quarta pela manhã?

Todo momento é o momento certo para inovar, você não acha?