E a onda do “não estou usando nada” não para.
A nova campanha da Arezzo traz Fernanda Lima somente com um par de luvas tipo arrastão e os acessórios da marca.
Considerada o “sonho impossível” da Playboy, a moça está mostrando quase tudo nas fotos.
E isso me faz pensar em um monte de coisas. A gente está sempre reclamando da forma como a brasileira é vista no exterior, da “coisificação” da mulher brasileira, enfim, dessa imagem negativa que sabemos que têm de nós lá fora.
E não é pra menos…
Será que precismos mesmo de campanhas assim? Não há outras formas de mostrar a beleza da mulher, a fim de atrair seus olhos para bolsas e sapatos?
Depois não adianta irmos para as redes sociais indignadas com a forma com que a brasileira é vista. E contar historinhas como “Meus amigos estrangeiros me perguntaram se todas as brasileiras são prostitutas”.
Eu sou mais que um corpo. Eu penso, raciocino, eu tenho ideias. Trabalho, estudo, faço parte de uma realidade político-social – tenho opiniões sobre ela! Não precisa tentar chamar a minha atenção dessa forma, porque não vai funcionar.
Queria ver campanhas mais inteligentes, mais desafiadoras, que ultrapassassem a barreira da beleza, que conseguissem atingir a brasileira real, que trabalha, que é mãe, que cuida da casa, dos filhos, que não tem mais 25 ou 30 anos de idade nem um corpo como o da Fernanda Lima.
Essas sim são as mulheres que compram as bolsas e acessórios da Arezzo!
Campanhas como essa só causam mais repugnância e aversão em relação a esse culto ao corpo.
4 comments on “Fernanda Lima mostra quase tudo”
Mulher sem Photoshop
Mas quase todas as propagandas de bolsa e sapato são assim, mulher pelada e usando sapato. E propaganda de pneu? Mulher pelada. Pode ser do que for que tem mulher pelada no meio. Já deu o que tinha que dar, né? 😛
Ju Verly
Já deu há muito tempo, concordo com você, Lu!
Anonymous
Triste! Não só nesse tipo de propaganda….infelizmente vemos todos os dias na TV, nos comerciais, nas novelas, nos filmes e no tudo em geral…..e só tende a piorar.
bjs
Malú
Ju Verly
Pois é, Malu, depois queremos ser vistos de forma diferente…
Difícil assim, né?